terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um Lixo de Prefeito

Calma, PaTrulha PeTelha da internet! Não estou xingando no título desta postagem o sr. Jairo Jorge, prefeito municipal de nossa combalida Canoas, mas apenas me referindo ao assunto que pretendo abordar, que é... o lixo produzido na casa de "sua excelência".

Faz algum tempo que estudantes que residem no Bairro Niterói, mais especificamente na Rua Concórdia,  me ligam para queixar-se que "sua excelência" dá um péssimo exemplo ao ignorar a coleta seletiva de lixo, que naquele bairro ocorre apenas às sextas-feiras pela manhã. Me dizem que da mansão prefeital, que se oculta da violência e da sujeira que domina nossa pobre cidade por trás de um imenso muro (veja abaixo), na frente do qual um jagunço sentado em um carro sem identificação monta guarda volta e meia, saem sacos de lixo sem qualquer cuidado com a separação dos materiais recicláveis.

O Bunker Prefeital na Rua Niterói. A ausência de árvores na calçada dá a perfeita idéia da mentalidade de seus ocupantes sobre o meio ambiente urbano em Canoas... 

É sabido que não morro de amores por Jairo Jorge "Motosserra", padrinho da destruição da Villa Mimosa e de nosso patrimônio ambiental para atender a interesses dos empreiteiros. Mas me recusei, de início, a acreditar que nem o mínimo esforço da separação do lixo reciclável "sua excelência" fizesse. Me parecia falta de respeito demais para com o ambiente da cidade e com todos os vizinhos conscientes que separam seu lixo para a coleta seletiva na sexta-feira (basta andar pela rua Concórdia pra ver quanta gente já separa seu lixo).

 Pois, como eu não publicava o assunto aqui no meu blog, um dos estudantes irados me mandou estas fotos da casa e do lixo de "sua excelência", de uma quinta-feira 11 de novembro, véspera da coleta seletiva. Me contam que o saco aberto, que incluía um cartaz da campanha da Dilma e plástico em meio a outras coisas, foi mesmo para o lixo comum.

O lixo não separado de "sua excelência", que irrita os vizinhos pelo descaso e mau exemplo.


A coleta de lixo em Canoas é, em seu conjunto, um escândalo. O Ministério Público de Contas suspendeu as licitações recentes por abundantes irregularidades. E nessa mixórdia de má gestão, a coleta seletiva continua sendo ridiculamente pequena, quando poderia ser estendida para toda cidade e gerar não só menos contaminação ambiental, mas também muito mais emprego e renda através da reciclagem. Que o prefeito que deveria cuidar disso sequer se dê ao trabalho de separar o próprio lixo, dá bem a noção do descaso de "sua excelência" para com a saúde, a qualidade de vida e a impressão que seus vizinhos e os demais munícipes têm de sua pessoa e sua postura como funcionário da cidadania.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O CRIME DA VILLA MIMOSA


Era uma vez uma cidade na região metropolitana de Porto Alegre que tinha uma péssima qualidade do ar, índices altíssimos de poluição, poucos parques e áreas verdes e uma administração municipal muito ruim. Nessa cidade existia um patrimônio inestimável, um bolsão de vida na forma de um bosque centenário habitado por diversas espécies de pássaros, que contribuía para amenizar a contaminação, o calor e a feiúra do centro da cidade, e que fazia parte de uma chácara histórica. 

Um belo dia veio uma empreiteira milionária de fora da cidade e comprou a chácara com seu frondoso bosque, e anunciou que iria construir ali torres de apartamentos, devastando as árvores, espantando os pássaros e empobrecendo a cidade de seu patrimônio natural e histórico. Mas, como esmola e isca para trouxas, anunciou sua “boa vontade” de restaurar o casarão que ali também existia, como forma de compensar (como se isso fosse possível) a destruição criminosa do conjunto histórico-cultural e natural representado pela chácara.

Quando veio a eleição, e os moradores da cidade mudaram o partido mandante, as pessoas (inclusive eu) acharam que a cidade, que se chama Canoas, mudaria para melhor. Quem defendia o meio ambiente e a qualidade de vida, e quem defendia a chácara histórica da Villa Mimosa contra a depredação pela ganância da empreiteira, acreditou que haveria bom senso suficiente para que a nova Prefeitura se negasse a autorizar o desmatamento e a construção daninha. A Prefeitura Municipal, quando Jairo Jorge assumiu, ainda não havia concedido o licenciamento definitivo, e poderia ter negociado com a empreiteira Goldzstein Cyrella um acordo para a preservação integral da chácara e seu bosque inestimável. Poderia ter oferecido vantagens diversas para a construção em outro lugar, e usado seu poder de negar a licença para desmatar aquele patrimônio, já que a legislação ambiental é clara em proibir esse tipo de absurdo. 

Mas não: Jairo Jorge preferiu seguir o modelo do PT lullista, que é o de se entregar nos braços dos empresários mais predadores e inconscientes, que estão devastando a Natureza no Brasil inteiro com a benção dos atuais “governantes”. À comunidade mobilizada, disse que “não rasgaria contrato” (que contrato??? a Prefeitura nunca teve nenhuma obrigação de dar aval para obras destruidoras!). À manifestação maciça de canoenses contra a destruição irreparável da Villa Mimosa, respondeu com a prostituição do interesse público ao interesse privado. Bem ao estilo dos covardes, no mesmo dia em que concedia a licença ilegal para a devastação, reuniu-se com lideranças da comunidade para fingir que negociava uma solução alternativa, e ainda aproveitou-se de maneira canalha dessa reunião para publicar uma foto dos cidadãos mobilizados em seu gabinete como se estes estivessem de acordo com o crime autorizado.

Em seguida à atitude absurda do prefeito, a ONG Villa Mimosa impetrou ação judicial para tentar impedir o crime ambiental e cultural. Conseguimos suspender o desmatamento por um tempo, mas a “Justiça” brasileira costuma pender para os poderosos, e a liminar foi derrubada, e logo em seguida as árvores. Vejam nas fotos abaixo o tamanho do crime cometido contra Canoas por Jairo Jorge, a Goldzstein Cyrella e seus cúmplices políticos e empresariais.

Este era o bosque centenário, maravilhoso, que queríamos salvar...

E isso é o que Jairo Jorge e seu "Secretário de Meio Ambiente" Celso Barônio autorizaram a Goldzstein Cyrella fazer com esse patrimônio inestimável de Canoas. 
 
A grande farsa depredadora da Villa Mimosa incluiu a divulgação do “compromisso” de restauração do casarão histórico que é o que sobrou da propriedade. Peço que vocês passem ali na Guilherme Schell para ver o estado em que se encontra o imóvel na data de hoje: aos cacos, como antes. No mínimo estão esperando a véspera das eleições municipais de 2012 para contribuir com a campanha do PT inventando outro factóide, outra mentira de “restauração do patrimônio histórico”, fazendo render a sujeira da destruição da Villa Mimosa para mais um aproveitamento político farsesco.

Canoas poderia ser um Município muito melhor, com qualidade de vida assegurada, nosso patrimônio natural preservado, E o crescimento econômico assegurado por iniciativas inteligentes e esclarecidas da administração municipal. Para Canoas crescer, não é preciso se prostituir à ganância dos maus empresários e empreiteiros “estrangeiros”. A morte da Villa Mimosa deve servir de alerta para que nós, que vivemos e criamos nossos filhos aqui, não deixemos que a sanha imediatista dos maus políticos como a turma de Jairo Jorge “Motoserra” e seus financiadores empresariais destrua a NOSSA cidade. 

O próximo capítulo da insanidade deles é mais uma divisão de Canoas com a mudança do traçado da RS-10 para cortar e destruir o bairro Igara. Falo disso em breve!

sábado, 30 de outubro de 2010

Canoas Precisa de Mais Cuidado com a Natureza e com a Gestão Pública!


(Quero dedicar a reedição deste texto e do meu Blog à quadrilha de cafajestes que apóia a devastação ambiental e o descaso social em Canoas e que, certamente a mando dos “poderosos” do momento, hackeou e destruiu meu Blog anterior. Se derrubarem este também, faço outro; se seguirem derrubando, compro um megafone e subo num caixote de maçãs na praça pra contar o que se passa em Canoas, só o que não vou fazer é me calar perante essa corja de vagabundos que se acham donos da nossa cidade!)

O que faz com que uma pessoa comum, com uma profissão que não tem aparentemente nada a ver com a área de meio ambiente, se preocupe o suficiente a ponto de ajudar a fundar uma ONG, começar um Blog e se sujeitar à perseguição pessoal e profissional tão ao feitio dos PeTelhos que atualmente se acham donos de Canoas e do Brasil?

No meu caso, um misto de vontade de fazer a minha modesta parte pessoal pra reverter a degradação da qualidade de vida na nossa cidade e a destruição dessa natureza maravilhosa que temos no planeta e que está sendo posta fora pelo descaso, a ganância, a má gestão dos des-governantes. Também a indignação de ver o dinheiro que nos é roubado sob o nome de impostos e taxas utilizado não para o bem comum, mas para fomentar mais degradação ambiental e empregar os ‘cumpanhêro’ no serviço público, que deixou de atender ao interesse público e virou ação entre amigos. 

Não aceito que a cidade com o segundo maior PIB do Rio Grande do Sul tenha uma das piores qualidades do ar, e nenhum cuidado oficial com a QUALIDADE DE VIDA que nossos cidadãos merecem. Não é possível mais aceitar que o discurso retrógrado dos maus políticos e maus empresários contraponha progresso à conservação do que resta de natureza e a proteção de nossa saúde e da de nossos filhos. Dá pra crescer sem destruir, mas pra isso se precisa inovação, honestidade, conhecimento e espírito público, coisa muito em falta na Prefeitura e na maioria da Câmara (servil e cúmplice do Executivo) dos dias atuais.

Não posso assistir calada a destruição de patrimônios de Canoas como a Villa Mimosa, que o prefeito Jairo Jorge “Motosserra” presenteou para a empreiteira Goldsztein Cyrella destruir com licença oficial, deixando derrubar o último bosque centenário do centro da cidade sob a falsa promessa de “preservação” apenas do prédio ali existente, e que mesmo esse na data em que escrevo está se deteriorando, abandonado, enquanto a empreiteira que sequer é daqui de Canoas tenta vender seus apartamentos no local, mesmo sabendo que eles poderão não ser entregues se prosperar a ação judicial contra essa obra daninha que impetramos para cassar as licenças irregulares da Prefeitura. Ou ver a Prefeitura de maneira safada e antidemocrática fazer falsas “audiências públicas” lotadas de cargos políticos convocados pra aplaudir crimes como a entrega da fazenda Guajuviras ao Estado, pra destruir suas matas e ali socar um presídio, tentando mascarar esse absurdo contratando, a peso de ouro, um político paranaense disfarçado de paisagista para fazer um projeto de parque em área muito inferior ao que deveria ser preservado naquele bairro.

Não aceito mais ver Canoas ser dividida por obras faraônicas que beneficiam só quem passa por aqui e não deixa nada, como a proposta criminosa de destruir bosques e áreas naturais e a paz do bairro Igara com uma estrada não prevista no Plano Diretor, apenas para beneficiar alguns empresários amigados do oficialismo reinante.

Não agüento mais ver os maus-tratos aos animais da cidade, o recolhimento precário dos animais de rua sem um programa efetivo e humano de destinação dos mesmos, os animais de tração mal cuidados e torturados porque não se conscientiza e ajuda as famílias pobres que dependem deles pra seu sustento.

Estou cheia de ver nossas famílias sem saúde pública que preste, nossos velhinhos (e minha família tem muitos, por sorte) maltratados em bancos, repartições, sem receberem o respeito e o carinho a que têm direito por vidas inteiras de trabalho pra sustentar esses PARASITAS da nossa política e seus cúmplices os maus empresários sem consciência social nem ambiental.

Por tudo isso, acho que Canoas precisa de mais informação e mais debate sobre os temas ambientais (e também sociais) que nos afligem e que estão sendo tratados com o mais absoluto descaso e desprezo pelos des-governantes atuais. Pretendo usar este espaço pra essa discussão, e gostaria de poder contar com os comentários, sugestões e críticas de todos. Canoas precisa, e merece, muito mais qualidade de vida, mas ela só virá se lutarmos por isso!